S A U

Categoria: XXIV

Quanto tempo cabe no tempo? Na Grécia antiga, Chronos e Kairós representavam duas ideias diferentes de passagem: o tempo cronológico, o tempo (senti)mental.

Poucos minutos ou muitas horas nos separam de experimentar? De viver? De respirar simplesmente? Um tempo-presente que existe tanto, mas nos escapa entre os dedos. Um futuro que jamais chega. Quando chega, virou, num piscar de olhos, o passado. Um tempo que resgatamos com afeto e memória, com
respeito e reverência.

A gente gira junto com o ponteiro e se pergunta: o que tem ficado conosco destes tempos? O que sobra no fim do dia? O que é importante além da passagem?

XXIV é uma coleção dividida em horas. Vinte e quatro partes (um dia!) para sorver a vida o quanto for possível. Jogos de sombra e luz, dia e noite, próximos e separados. Alvos, negros, terrosos.

O tempo de quem fez, o tempo de quem criou, o tempo de quem usa. Tudo girando no mesmo relógio.